Você sabe como está a sua reserva ovariana? Entender mais sobre nossos ovários é essencial para mulheres que sonham em ser mães!
Hoje, você vai conhecer o que é a reserva ovariana, como podemos avaliá-la e qual seu papel para a fertilidade feminina. Continue lendo o artigo!
Afinal, o que é a reserva ovariana?
A reserva ovariana é, basicamente, um marcador do nosso estoque de óvulos disponíveis. Desde que nascemos, nós, mulheres, temos um número finito de óvulos, e ele vai diminuindo ao longo da vida. Isso ocorre porque todos os nossos óvulos são formados ainda durante nossa vida intrauterina, não havendo formação de novos óvulos ao longo do tempo. Diferente dos homens, que produzem espermatozoides continuamente, nós já nascemos com todos os óvulos que teremos.
Por isso, com o passar do tempo, não apenas a quantidade, mas também a qualidade dos nossos óvulos diminui. Isso pode tornar mais difícil engravidar com o passar dos anos, aumentando o risco de alterações cromossômicas nos óvulos.
Por que é importante conhecer minha reserva?
Entender a sua reserva ovariana é crucial para planejar a maternidade, nos mais diversos momentos. Isso porque, caso você ainda não esteja tentando engravidar ou não tenha previsão de gestação, é possível entender como está este estoque e considerar a preservação da fertilidade (entenda mais sobre este tema no blog ou no meu Instagram!).
Por outro lado, se você está tentando engravidar ou considerando tratamentos de fertilidade, saber mais sobre sua reserva pode ajudar a entender o que esperar do seu corpo na resposta aos tratamentos de estimulação ovariana, como a fertilização in vitro (FIV). De uma forma ou de outra, conhecer a reserva ovariana permite autonomia e segurança para que a mulher possa planejar o melhor caminho a seguir.
Quais as formas de avaliar?
Importante frisar que a avaliação de fatores clínicos se inicia com uma boa anamnese (consulta). Assim, conhecer dados da mulher como: idade, histórico de cirurgias ovarianas prévias, de endometriose, de menopausa precoce na família, dentre outros fatores, ajuda a dar um norte do que pode ser esperado para a reserva ovariana.
Além disso, é importante lançarmos mão de alguns exames, sendo alguns dos mais comuns:
- Contagem de Folículos Antrais (CFA): Esse exame é feito por um ultrassom, geralmente transvaginal, onde observamos o número de folículos pequenos (antrais) presentes nos ovários, normalmente no início do ciclo menstrual. Um maior número de folículos antrais sugere uma boa reserva ovariana.
- Hormônio Antimülleriano (AMH): Esse é um dos testes mais fidedignos e usados. O AMH é um hormônio produzido pelos folículos ovarianos. Níveis mais altos de AMH tendem a indicar uma reserva ovariana maior, enquanto níveis mais baixos podem sugerir uma reserva reduzida.
- Hormônio Folículo-Estimulante (FSH): Medido no início do ciclo menstrual, níveis elevados de FSH podem indicar uma reserva ovariana diminuída. No entanto, esse teste pode sofrer maior variação de acordo com a fase do ciclo e precisa ser interpretado em conjunto com outros dados clínicos e outros exames.
Quando devo avaliar minha reserva?
Você pode avaliar sua reserva ovariana a qualquer momento, mas é especialmente recomendado para mulheres que estejam em investigação de infertilidade, ou que estejam considerando possíveis tratamentos de reprodução humana, e também para aquelas mulheres que não tem um planejamento concreto acerca de uma possível gestação.
Independentemente destes fatores, a orientação do melhor momento para avaliar a reserva ovariana e as decisões diante dos resultados devem sempre ser feitas de forma individualizada e com orientação médica.
A reserva ovariana pode ser melhorada?
Infelizmente, a quantidade de óvulos que temos não pode ser aumentada, já que é determinada no nascimento. No entanto, podemos adotar algumas estratégias para melhorar nossa saúde em geral e, com isso, tentar cuidar melhor da nossa reserva ovariana e otimizar as chances de gravidez.
Adotar um estilo de vida saudável, manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são medidas importantes para minimizar potenciais danos à nossa reserva ovariana. Importante também chamar atenção para o acompanhamento ginecológico regular, permitindo detecção precoce de condições que teriam potencial de impactar na reserva ovariana ou na fertilidade.
Espero que ao longo do texto você tenha conseguido compreender qual a importância da reserva ovariana para as mulheres que estão na jornada em busca da maternidade. Se você tem dúvidas ou preocupações sobre sua fertilidade, procure um especialista em reprodução assistida. Cada trajetória é única, e com o acompanhamento adequado, é possível traçar o caminho mais seguro e eficaz para alcançar o sonho de ser mãe.
Lembre-se: o conhecimento é um grande aliado nessa caminhada. Não perca a esperança e siga firme em busca do seu sonho!
Glossário:
Reserva Ovariana: Refere-se à estimativa da quantidade dos óvulos presentes nos ovários de uma mulher. A reserva ovariana diminui ao longo da vida, tanto em quantidade quanto em qualidade, influenciando a fertilidade feminina.
Hormônio Antimülleriano (AMH): Um hormônio produzido pelos folículos ovarianos. É um dos testes mais precisos para avaliar a reserva ovariana.
Contagem de Folículos Antrais (CFA): Um exame de ultrassom usado para contar os pequenos folículos presentes nos ovários, geralmente realizado no início do ciclo menstrual.
Hormônio Folículo-Estimulante (FSH): Um hormônio medido no início do ciclo menstrual, que também pode auxiliar na interpretação do funcionamento do ovário e reserva ovariana.
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