Quando falamos sobre embriões no contexto da fertilização in vitro (FIV), dois termos importantes que surgem são “euploide” e “aneuploide”. Eles se referem à carga genética do embrião. Esses termos podem parecer difíceis, mas no texto de hoje vou te explicar melhor. Continue lendo para entender mais!
O que é um embrião euploide?
Um embrião euploide é aquele que contém o número correto de cromossomos em suas células. Em humanos, isso significa que o embrião tem 46 cromossomos, organizados em 23 pares. Essa distribuição correta é muito importante para garantir a saúde e a maior probabilidade de continuidade do desenvolvimento do embrião. Embriões euploides tem maior probabilidade de resultar em uma gravidez bem-sucedida.
E o embrião aneuploide?
Por outro lado, um embrião aneuploide é aquele que possui um número anormal de cromossomos. Isso significa que o embrião pode ter um cromossomo a mais ou a menos, em um ou mais dos 23 pares. A aneuploidia pode resultar de erros durante a divisão celular, levando a uma distribuição incorreta dos cromossomos. Embriões aneuploides tem maior probabilidade de resultar em falhas de implantação, abortos espontâneos ou em condições genéticas, como a síndrome de Down.
Como saber se o embrião é euploide ou aneuploide?
Durante o processo de FIV, a avaliação microscópica fornece informação morfológica dos embriões (número de células, grau de expansão, fragmentação, etc.). Porém, a avaliação microscópica isolada não traz informação genética. Caso seja necessário essa informação, ela normalmente é obtida através da biópsia embrionária para análise das células biopsiadas.
Essa análise recebe o nome de PGT (teste genético pré implantacional), e a avaliação que traz a informação sobre os cromossomos é o PGT-A (associado às aneuploidias). Outras análises podem ser discutidas em casos específicos, como o PGT-M e o PGT-SR.
Por que isso é importante na FIV? Todos precisam fazer?
A análise genética não é obrigatória na FIV, e sua indicação deve ser discutida individualmente com cada paciente. Alguns fatores como idade materna avançada, histórico de doenças genéticas na família, aborto de repetição, entre outros, podem ser levados em consideração para se optar ou não pela análise genética.
Portanto, a análise genética é uma ferramenta que pode ser importante em alguns casos, mas a decisão pela realização deve ser individualizada, compreendendo as particularidades de cada paciente.
Então, da próxima vez que você se deparar com o termo euploide/aneuploide, espero que possa se lembrar deste texto e que ele seja um auxílio para seu entendimento do universo da reprodução humana. Resumidamente, o termo se refere a uma informação obtida sobre a carga genética dos embriões, quando optamos por realizar análise genética antes de transferi-los ao útero. Para saber se no seu caso essa análise é necessária, não deixe de procurar um especialista em reprodução humana.
Você já conhecia esse termo, ou o texto te ajudou a entender um pouco mais? Deixe seu comentário abaixo!
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