mulher grávida

Gravidez após os 40 anos é possível?

A jornada da maternidade é uma das mais emocionantes e significativas na vida de uma mulher. No entanto, muitas vezes, o relógio biológico pode se tornar um fator determinante quando se trata de engravidar. Nos últimos tempos, mais mulheres estão fazendo a escolha de adiar a gravidez, seja para consolidar suas carreiras, alcançar estabilidade financeira ou encontrar o parceiro ideal. Com isso, surge uma preocupação: será que é possível engravidar após os 40 anos?

Vamos explorar essa questão e entender melhor as complexidades por trás desta pergunta.

Por que é mais difícil engravidar depois dos 40 anos?

A resposta está na diminuição natural da fertilidade, principalmente, feminina. Ao contrário dos homens, que produzem espermatozoides continuamente ao longo da vida, as mulheres já nascem com todas as células germinativas que terão disponíveis para utilizar. Por isso, a qualidade e quantidade dessas células diminuem com o passar dos anos, o que afeta diretamente a fertilidade.

A importância da reserva ovariana

A avaliação da reserva ovariana é um marcador muito importante para auxiliar no aconselhamento reprodutivo da mulher. Exames como a dosagem do hormônio anti-mulleriano (AMH) e a contagem de folículos antrais são comumente utilizados para essa avaliação. Ela pode ajudar desde o aconselhamento sobre possível congelamento de óvulos ou momento de avaliar o início das tentativas para engravidar, bem como expectativas de chances de sucesso nos tratamentos, quando necessários.

Fatores importantes para serem considerados

Um dos principais fatores associados à gravidez em idades mais avançadas e que deve ser considerado é o aumento da incidência de alterações genéticas nos embriões formados. Isso ocorre devido à redução da qualidade dos óvulos, já que são células armazenadas há mais tempo, o que aumenta a probabilidade de erro do trabalho destas células e da divisão celular.

Alguns exemplos destas alterações são a síndrome de Down, síndrome de Edwards, dentre outras, mas a maioria das alterações genéticas formadas acaba inviabilizando o desenvolvimento do embrião, seja em estágios iniciais (pré implantação) ou um pouco mais tardios (aborto).

Além disso, é importante conhecer as condições de saúde da mulher que esteja planejando engravidar. Com o passar da idade, algumas patologias podem surgir ou se agravar, como hipertensão, diabetes, obesidade, dentre outras. Estas doenças podem impactar no desenvolvimento saudável da gestação para a mãe e o bebê.

Portanto, qualquer comorbidade deve idealmente estar bem controlada antes do planejamento da gestação. Esta recomendação é válida para mulheres de qualquer idade que busquem a gestação!

Opções de caminhos a seguir

Apesar dos desafios, em primeiro lugar não é possível desconsiderar a chance de gestação espontânea, mesmo após os 40 anos. Porém, é importante que as mulheres sejam advertidas das potenciais dificuldades e/ou riscos que podem estar associados. Assim, quanto mais divulgarmos informações de qualidade sobre este assunto, podemos promover o aconselhamento para as mulheres das mais diversas faixas etárias e auxiliar no planejamento reprodutivo.

Caso você não esteja na faixa etária dos 40 anos, porém ainda não tenha planos de engravidar até os 30-35 anos, é importante passar por avaliação para cogitar técnicas de preservação da fertilidade, como o congelamento de óvulos. Dessa forma, armazenamos gametas de melhor qualidade e podemos otimizar as chances de gestação no futuro, caso seja necessário recorrer a algum tratamento para engravidar.

Caso você já tenha 40 anos ou mais, em primeiro lugar, mantenha a calma. Isso não significa necessariamente que você precisará de um tratamento para engravidar. Procure um especialista em reprodução humana e lembre-se que cada caso deve ser avaliado individualmente.

Após as devidas investigações e orientações, podem ser propostas desde medidas mais conservadoras a tratamentos de reprodução assistida, sendo o mais comum, a fertilização in vitro. Neste tratamento é possível, inclusive, considerar o estudo genético dos embriões, o que pode auxiliar a aumentar a segurança e assertividade do tratamento.

Além disso, lembre-se sempre que o acompanhamento médico regular e a adoção de um estilo de vida saudável são fundamentais para evitar possíveis dificuldades que venham a comprometer as chances de sucesso de uma gravidez futura.

Em resumo, deixo uma convocação a todas nós! Mulheres, a nossa vida mudou e em muito para melhor, mas nosso corpo e nossos ovários precisam de cuidados e planejamento para otimizarmos as formas de acompanharem essas mudanças! Vamos juntas promover a conscientização sobre a saúde reprodutiva!

Tem dúvidas sobre o assunto? Deixe nos comentários!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Abrir bate-papo
Clique aqui para agendar sua consulta comigo!