Namoro Programado

Namoro programado: o que você precisa saber sobre ele!

Para embarcar na jornada da maternidade, o desejo é o primeiro passo, mas também são necessários tempo, paciência e um relacionamento harmonioso consigo mesma e com o parceiro. Para alguns casais que enfrentam o diagnóstico da infertilidade, o namoro programado pode se apresentar como uma abordagem simples e eficaz, proporcionando uma alternativa para otimizar as tentativas.

O que é o namoro programado?

Namoro programado, também conhecido como coito programado ou relação sexual programada, é um tratamento de reprodução humana que tem o objetivo de auxiliar no processo de ovulação e sincronização das relações sexuais com o período fértil.

Essa abordagem geralmente envolve a estimulação dos ovários, acompanhamento da resposta através de ultrassom, associado ou não a dosagens hormonais, e orientação ao casal quanto ao melhor período para manter relações sexuais, de acordo com a resposta ovariana.

Indicações principais

Para obter a indicação precisa do melhor tratamento para seu caso, é fundamental a avaliação individualizada, pois devem ser levadas em consideração muitas variáveis, como a idade, tempo de infertilidade, fatores do parceiro, expectativas, etc. Quando consideramos o namoro programado, geralmente são cenários onde os fatores masculinos e fatores tubários não apresentem alterações significativas.

Diante deste cenário, alguns exemplos onde o namoro programado pode ser uma opção de tratamento são:

1. Alterações na ovulação: mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) podem ser importantes beneficiárias desse tratamento.

2. Baixa frequência sexual para engravidar: quando não há desejo de concepção, a frequência sexual deve seguir as preferências do casal. Nos casos em que há desejo de gestação, geralmente consideramos que os casais que não mantenham aproximadamente 2 a 3 relações sexuais por semana possam se beneficiar do namoro programado, para otimizar o período de relações no período fértil da mulher.

3. Incompatibilidade de horários entre os parceiros: quando um dos cônjuges passa longos períodos ausente, e as relações sexuais ocorrem fora do período fértil, o namoro programado pode ser ferramenta importante para tentar conciliar estas questões.

Exames necessários antes do tratamento

Como o namoro programado tem o objetivo de promover o encontro entre óvulo e espermatozoide no organismo da mulher, para que as chances sejam otimizadas desse encontro acontecer, é importante avaliarmos as condições dos espermatozoides, e do trajeto a ser percorrido até este encontro. Portanto, dois exames que costumam ser avaliados quando há previsão da realização deste tratamento são:

1. Espermograma;

2. Exame de avaliação da permeabilidade das trompas: geralmente realizado através da histerossalpingografia ou histerossonossalpingografia.

Como vimos anteriormente, é importante que outras condições também sejam avaliadas e discutidas individualmente com o casal. Lembre-se, cada paciente é única, e deve ter sua individualidade e preferências respeitadas na decisão em conjunto pelo melhor caminho!

Etapas do tratamento

1. Estimulação hormonal dos ovários: geralmente, são utilizadas baixas doses de hormônios para desenvolver os folículos ovarianos, e o acompanhamento é feito por ultrassonografias para monitorar o crescimento folicular e do endométrio.

2. Desencadeamento da ovulação e orientação para relações sexuais: quando os folículos atingem o tamanho adequado, outra medicação hormonal pode ser administrada para promover a liberação do óvulo, e o casal será orientado quanto ao melhor período para ter relações sexuais. Nesta fase, a mulher pode também ser orientada a utilizar medicações chamadas de “suporte de fase lútea”, como a progesterona.

3. Teste de gravidez: após cerca de 14 dias da ovulação, é possível realizar um teste de gravidez para avaliar o resultado do tratamento.

Taxa de sucesso e complicações

A avaliação das taxas de sucesso depende de diversos fatores, sendo um dos mais importantes a idade da mulher. Considerando-se um cenário favorável de idade, tempo de tentativas, dentre outros fatores, pode-se estimar em torno de 15-20% de chance de sucesso a cada ciclo de tentativas.

É importante lembrarmos que as chances de sucesso nos tratamentos de reprodução humana são cumulativas, portanto, quanto mais tentativas, espera-se que as chances de sucesso possam aumentar. Em média, costumam ser propostos em torno de 6 ciclos deste tipo de tratamento.

Por ser um tratamento de baixa complexidade, geralmente o risco de complicações é baixo. As mais importantes a serem citadas são a gestação múltipla e o risco de hiperestímulo ovariano. Elas estão diretamente relacionadas à resposta ovariana à estimulação, por isso a importância do acompanhamento adequado neste tipo de tratamento. 

O início de uma jornada promissora

Apesar do misto de emoções que pode surgir diante do diagnóstico de infertilidade, o namoro programado pode representar um ponto de partida mais simples para alguns casais. Por se tratar de um tratamento de menor complexidade, essa abordagem pode ser melhor aceita pelos casais, e servir como um importante auxílio às tentativas.

Se você está considerando o namoro programado como uma opção para iniciar sua jornada rumo à maternidade, lembre-se de que mesmo sendo um tratamento de baixa complexidade, a avaliação completa do caso e o acompanhamento adequado são fundamentais para trazer maiores chances e maior segurança ao tratamento. Clique aqui para agendar uma avaliação e conversarmos melhor sobre as possibilidades para o seu caso. Será um prazer construirmos esta história juntas!

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