Namoro programado, inseminação intrauterina ou fertilização in vitro (FIV): qual a melhor opção?

Quando um casal enfrenta o diagnóstico de infertilidade, buscar orientação médica é o primeiro e crucial passo para avaliação individualizada e discussão sobre os tratamentos disponíveis. Os tratamentos de reprodução assistida podem ser classificados em baixa e alta complexidade, cada um oferecendo abordagens distintas para a busca da tão desejada gravidez.

Continue lendo o artigo para entender a diferença entre esses três tratamentos!

Baixa complexidade: namoro programado e inseminação intrauterina (IIU) – uma abordagem menos intervencionista

Os tratamentos de baixa complexidade recebem esta classificação por promoverem o encontro dos gametas, óvulo e espermatozoide, dentro do organismo da mulher. Portanto, a fecundação em si, ocorre de forma semelhante a uma gestação espontânea.

O namoro programado, também chamado de coito programado ou relação sexual programada, consiste em induzir a ovulação e realizar acompanhamento da resposta, a fim de orientar o casal o melhor período para ter relações sexuais no período fértil. Já na IIU, geralmente também há o estímulo à ovulação, porém no período fértil os espermatozoides são depositados no útero da mulher por um cateter delicado.

Geralmente, estes tratamentos são considerados para casos menos complexos de infertilidade, como fator masculino leve, fator ovulatório ou até mesmo para aqueles casais que possam ter dificuldade de manter relações no período fértil. Porém, é importante também avaliar a reserva ovariana, resultados de exames de espermograma e das trompas, chances de sucesso, desejo do casal, entre outras variáveis. 

Alta complexidade: fertilização in vitro (FIV) – desbravando fronteiras no laboratório

As técnicas de alta complexidade envolvem manipulação e fecundação dos gametas em laboratório. Na FIV convencional, também chamada de FIV clássica, os óvulos e espermatozoides são colocados em uma placa específica, para promoverem a fertilização, enquanto na ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), um espermatozoide é selecionado e injetado diretamente no óvulo.

A técnica de encontro entre óvulo e espermatozoide deve levar em consideração diversos fatores, como: características do espermograma, histórico de falha de fertilização em tratamento anterior, experiência do laboratório, entre outros. Para o tratamento de FIV também é necessária estimulação ovariana, geralmente com doses maiores de medicação para tentar obter maior número possível de óvulos.

Após a estimulação, é realizada uma punção ovariana para coleta de óvulos, que são levados ao laboratório para se encontrarem com os espermatozoides. Após a fertilização, os embriões resultantes são transferidos para o útero ou congelados para uso futuro.

Escolhendo entre possíveis tratamentos: considerações individuais e taxas de sucesso

A decisão por um tratamento de reprodução humana deve sempre ser tomada de forma individualizada, e em conjunto com o paciente ou casal. Para isso, é importante levar em consideração a avaliação médica, as causas específicas da infertilidade, a idade da mulher, a reserva ovariana, a qualidade seminal e outros fatores individuais.

As taxas de sucesso são variáveis de acordo com os fatores mencionados anteriormente e outros, devendo sempre ser avaliadas individualmente, pois fatores particulares da paciente ou casal podem impactar diretamente nestas taxas. Porém, de forma geral, na IIU podem variar entre 10-15% por ciclo, enquanto na FIV/ICSI podem ser de aproximadamente 30%-40% de chance de nascer um bebê, por ciclo de transferência.

Orientação médica é fundamental

Mesmo com informações e pesquisas, é o médico especialista em reprodução humana quem, após avaliação minuciosa do caso, poderá orientar as opções de tratamento viáveis ao casal e pontuar os possíveis prós e contras de cada opção. Este aconselhamento guiará o casal na escolha pelo tratamento adequado. Exames específicos, análises detalhadas e a orientação personalizada são essenciais para iniciar a jornada de reprodução assistida. 

Na busca pela realização de um sonho, o primeiro passo, orientado pelo médico, é tão significativo quanto cruzar a linha de chegada. Conversar com um especialista em reprodução humana é crucial para iniciar o tratamento correto, esclarecer todas as dúvidas, e compreender as expectativas do processo, estabelecendo assim, uma relação de transparência e confiança para trilharem o melhor caminho possível em busca do bebê!

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4 respostas para “Namoro programado, inseminação intrauterina ou fertilização in vitro (FIV): qual a melhor opção?”

  1. […] da origem do sêmen, as pacientes podem optar por uma das duas possibilidades de tratamento: inseminação intrauterina ou fertilização in vitro. Vamos entender um pouco melhor sobre estas opções […]

  2. […] De forma geral, quando recorremos ao uso de sêmen de doador, podem ser propostos dois tipos de tratamento: inseminação intrauterina ou fertilização in vitro. […]

  3. […] Para aquelas que enfrentam dificuldades para engravidar e possuem antecedente de diagnóstico de DIP, é importante informar este histórico ao médico que esteja te avaliando. O conhecimento desta informação é importante para avaliar possíveis investigações e estratégias específicas. Após uma avaliação detalhada do caso, podem ser propostos tratamentos de reprodução assistida, desde baixa complexidade (namoro programado ou inseminação artificial) à alta complexidade (fertilização in vitro). […]

  4. […] Se você chegou até aqui neste texto e acredita que possa ter algum problema, mantenha a calma! Mesmo diante do diagnóstico de infertilidade, existem opções de tratamento disponíveis, com chances de sucesso que apresentam melhoria constante. Os tratamentos podem ir desde ajustes de estilo de vida, uso de medicações para tratamento clínico, até opções como namoro programado, inseminação intrauterina ou fertilização in vitro (FIV). […]

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