Exames de sangue

Como os exames hormonais ajudam no diagnóstico de infertilidade?

Quando o positivo não chega, mesmo após várias tentativas, é natural surgir a dúvida: ‘’será que tem algum problema com a minha fertilidade?’’. É nesse momento que investigar como estão os hormônios do casal pode ser uma fonte de informações importantes.

Esses exames podem auxiliar a entender mais sobre possíveis fatores que impactem na fertilidade, e inclusive, possibilitar buscar estratégias para contorná-los. Mas afinal, quais exames hormonais são importantes e quando devemos realizá-los? Continue lendo para entender!

O que são exames hormonais?

São avaliações geralmente feitas através de exames de sangue que permitem medir diversos hormônios, substâncias que desempenham papéis essenciais na regulação do ciclo menstrual, na ovulação, na produção de espermatozoides, entre diversos outros processos importantes para a manutenção da nossa saúde e fertilidade.

Por que são importantes?

Esses exames podem ser ferramentas fundamentais para identificar possíveis causas subjacentes de infertilidade. Alguns desequilíbrios hormonais podem levar a disfunção ovulatória e problemas na produção de espermatozoides, por exemplo. Ao fornecer informações sobre a saúde hormonal, esses testes orientam os médicos na elaboração de um plano de tratamento personalizado para cada paciente.

Como os exames hormonais ajudam no diagnóstico de infertilidade?

  1. Avaliação da ovulação: Nos casos das mulheres, os exames hormonais podem ajudar a entender mais sobre a ovulação. Hormônios como o FSH, TSH e prolactina podem indicar fatores que impactem na ovulação adequada. Também, a avaliação da progesterona em alguns casos pode servir como ferramenta para entender se há ovulação.
  2. Avaliação da reserva ovariana: A avaliação de alguns hormônios pode oferecer informações cruciais sobre a reserva ovariana, ou seja, auxiliar a entender nosso estoque de óvulos disponíveis. Hormônios como o hormônio antimülleriano (AMH) e o hormônio folículo-estimulante (FSH) são frequentemente testados para avaliar a reserva ovariana, ajudando no aconselhamento reprodutivo e na escolha pelos tratamentos de fertilidade.
  3. Entendimento de algumas alterações na produção de espermatozoides: Para os homens, os exames hormonais podem auxiliar a entender melhor o funcionamento do eixo hormonal que regula a função testicular. Disfunções em diversos níveis deste eixo hormonal podem levar a alterações em graus variáveis na produção de espermatozoides. Geralmente, avaliações como TSH, FSH, LH, testosterona, entre outros, podem trazer informações que ajudem a nortear possíveis estratégias terapêuticas.
  4. Diagnóstico de distúrbios endócrinos: Esses exames também são úteis para diagnosticar outros distúrbios endócrinos que podem se associar à infertilidade, como síndrome dos ovários policísticos (SOP), hiperprolactinemia ou hipotireoidismo. O tratamento adequado dessas condições, quando indicado, pode melhorar significativamente as chances de concepção.

Quando fazer esses exames?

Ao considerar a realização de qualquer exame, a primeira orientação é buscar avaliação médica. O primeiro passo de qualquer investigação deve ser uma consulta completa, para que o médico conheça seu histórico de saúde, suas queixas, uso de medicações, e a partir daí pense em hipóteses diagnósticas para seguir as investigações.

Quando falamos de exames hormonais, esta orientação é ainda mais importante. Isso porque por se tratarem de hormônios, muitos requerem períodos específicos do ciclo para realização, e podem sofrer impacto de diversos fatores, como atividade física intensa e uso de medicações. Portanto, a realização “isolada” dos exames não traz informações suficientes, e deve sempre ser acompanhada do conhecimento do quadro como um todo e a orientação do melhor período para realizá-los.

Se você está tentando engravidar e enfrentando dificuldades, é importante buscar avaliação de um médico especialista. Lembre-se de que cada caso é único e que a interpretação de qualquer exame deve levar em consideração todos os demais fatores do caso para que a orientação seja a mais precisa e individualizada possível.

Se você ficou com alguma dúvida sobre este tema, deixe nos comentários abaixo para que eu possa responder. Será um prazer te ajudar!

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